Capela

Serviços:

Missa: 

Toda quarta sexta-feira de cada mês

Horário: às 16h

Responsável: Pastoral da Saúde da Igreja Católica

Reserva para velórios:

Reservas com antecedência.

Para mais informações de disponibilidade e horários nas recepções do SUS e particular.

Valor: 600,00 (desde a chegada do corpo até a saída para o sepultamento)

O valor cobrado ajuda na manutenção e na compra de equipamentos para a Santa Casa. 

História 

A Capela da Santa Casa está presente desde a inauguração do hospital, em 1835. Mesmo que não houvesse um prédio específico para ela, sempre deve ter existido um local para orar, devido especialmente a vocação da Irmandade em oferecer consolo espiritual às pessoas enfermas, explica o presidente da Academia Resendense de História (ARDHIS) e do Instituto Campo Belo, Marcos Cotrim Barcellos. O primeiro mordomo (administrador) da Capela foi Marciano Joaquim de Almeida.  Já o primeiro estatuto foi reconhecido em um documento assinado entre a Irmandade e o Império, representado pelo Regente Antônio Diogo Feijó, em 1837, onde consta a orientação de que a capela deveria ser ornada para a realização dos Sacramentos com o objetivo de acudir os enfermos. No começo do século XX, havia missa e catecismo todos os domingos no local. Também acontecia a celebração regular de casamentos.

A atual capela foi inaugurada em 1877. Duas importantes senhoras da época contribuíram para a construção da capela: Mariana Moutinho França, proprietária da Fazenda Boa Esperança, uma das principais propriedades produtoras de café do século XIX e Ana Rita Guerreiro Maia, esposa do advogado e deputado estadual, Joaquim de Azevedo Carneiro Maia. Na época, houve um movimento para que a padroeira da capela fosse Santa Isabel. No entanto, prevaleceu a tradição de ser Nossa Senhora da Piedade. 

Em 1918, a capela da Santa Casa testemunhou a agonia da população de Resende, onde 87 pessoas morreram e cerca três mil foram atingidas pela febre espanhola, um tipo de gripe, considerada a epidemia mais mortal da história da humanidade. A doença causou a morte de mais de 50 milhões de pessoas em todo o planeta.

Em 7 de julho de 1927, a capela foi entregue, pelo bispo de Barra do Piraí, D. Guilherme Muller, aos cuidados da Servas de Maria, um grupo de religiosas que passaram a administrar a Irmandade. Na época, a capela mantinha uma luz acesa dia e noite e no local era celebrada, pelo menos, uma missa por semana. 

A capela foi reformada em 2018, durante as obras de revitalização da Santa Casa e continua cumprindo a função de oferecer conforto espiritual para as pessoas enfermas, um dos pilares das Misericórdias. 

Fotos: Marcio Fabian

Fontes:

Barcellos, Marcos Cotrim (2010). A Santa Casa da Misericórdia de Resende – Religiosidade e Política na Paraíba Nova (1801-1848). Revista Fronteiras, 12(21), p. 69-82. Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS.

Barcellos, Marcos Cotrim (2010). Traços do Antigo Regime na Paraíba Nova – Hipóteses para uma História Política de Resende. Academia Resendense de História – ARDHIS. 

Bento, Cláudio Moreira (1992). A Saga da Santa Casa de Misericórdia de Resende (1835-1992). Senai. 

http://www.ahimtb.org.br/Resende-RJ-A%20Saga%20da%20Santa%20Casa%20da%20Miseric%C3%B3rdia%20%20N.S%20da%20Piedade.pdf

http://www.institutocidadeviva.org.br/inventarios/sistema/wp-content/uploads/2009/11/25_faz_boa_esperanca.pdf

http://arquivoresende.blogspot.com/2009/05/

https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/gripe-espanhola-100-anos-da-mae-das-pandemias/